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O tamanduá-bandeira é um desdentado encontrado no Brasil, nos campos e Cerrados.
Sua pelagem é grossa, dura e mais longa na cauda. Tem um comprido focinho cilíndrico com uma língua pegajosa de 60 cm. Seu olfato, 40 vezes mais eficiente que o do homem, compensa sua visão deficiente.
Possui garras poderosas, usadas para escavar os rígidos termiteiros. As longas garras dianteiras impedem que o tamanduá-bandeira caminhe com os dedos voltados para frente, por isso, ele anda sobre os pulsos, com os cinco dedos voltados para dentro. Estas garras são potentes armas de defesa contra seus predadores (onça e suçuarana) e sua força deu até origem à expressão popular "abraço de tamanduá".
Alimenta-se de formigas, cupins e larvas de besouros. Ele escava os termiteiros e com sua língua longa e pegajosa, atinge o interior dos mesmos, extraindo deles os ovos, as larvas e os cupins adultos. Um tamanduá-bandeira chega a devorar mais de 30.000 insetos por dia.
Os cupins removem o subsolo e o utilizam para a contrução de sua casa. Durante este processo, nas paredes dos termiteiros são fixados nutrientes não encontrados na superfície; além disto, a atividade dos cupins no interior de seu ninho incorpora muita matéria orgânica. Quando o termiteiro é destruído pelo tamanduá, os nutrientes e matéria orgânica são espalhados pela superfícies e aproveitados por microorganismos e plantas, renovando a biomassa do Cerrado.
Após uma gestação de 190 dias, nasce apenas um filhote com cerca de 1,3kg. A mãe carrega seu filhote nas costas até um pouco depois do desmame (de 6 a 9 meses). Ela o acompanha até a próxima gestação, quando então o filhote passará a viver sozinho. O tamanduá-bandeira é um animal solitário. Raramente é visto aos pares, exceto durante a amamentação ou o acasalamento.
São animais não-territoriais mas costumam vagar por uma área de aproximadamente de 9.000ha.
São ativos durante o dia e à noite, dependendo da temperatura do ambiente, das chuvas e da proximidade com núcleos urbanos. Nadam bem e apesar desta espécie de tamanduá não ser tipicamente escaladora de árvores, escalam muito bem quando em fuga ou em situações de perigo.
É um animal ameaçado de extinção, principalmente pelo homem. Com o crescimento da população humana e o avanço da agropecuária no Cerrado, o habitat natural desse animal está sendo destruído. A caça também reduziu significativamente sua população. As queimadas criminosas também são fatais ao tamanduá-bandeira, pois seu pêlo é altamente inflamável.
Em cativeiro, a longevidade deste animal é reduzida pois não tem à sua disposição a quantidade e o tipo de insetos de sua preferência. Alimentando-se mal, fica mais vulnerável.